Em 2013 decidi fazer o Caminho de Santiago de Compostela com uma amiga da vida. A idéia da viagem era uma busca espiritual para poder me reconectar, encontrar força, sentido e desafios. Queria procurar novas percepções e experiências em contato com a natureza e pessoas de todos os lugares.

Trabalhei como assessora de imprensa e relações públicas por mais de 20 anos e adorava. Convivi com pessoas que até hoje admiro. A vida era agitada e animada, mas a correria também.

O corpo e a família pediam mais tempo e calma. E por isso tive algumas lições. Passei por provas e decidi não guardar amarguras, repensar os acontecimentos e a forma de encará-los e me dar a chance de encontrar outras valiosas possibilidades.

Inspirei-me na virtude do desapego e, para isso, nada melhor que uma peregrinação para o Caminho de Santiago de Compostela, um sonho de adolescente e uma espécie de chamado espiritual.

Chegando com uma amiga a Pamplona, na Espanha, uma das cidades mais emblemáticas do caminho, conhecemos peregrinas da Namíbia e da Áustria no aeroporto. Combinamos de dividir o táxi, assim de bem com a vida, com gosto de quem está aberto para o que der e vier.

Fomos recebidas e acolhidas por um sorriso radiante do taxista, falando com cada uma de nós um idioma, mas com um humor de quem está acostumado a receber gente do mundo.

Mas sabe aquele momento em que tudo muda na sua vida? Uma das intersecções da vida que a gente identifica? Pois o taxista era mais que guapo!

Meio boba e mais que encantada com aquela sensação de vitalidade intensa, passeamos pela cidade com a acolhida do belo taxista. Aquele encontro mágico, que começou de um jeito especial, foi a inspiração da minha caminhada. Hoje José Francisco Latasa é o meu sol espanhol!

Confira o relato de Natália na íntegra.